29 de outubro de 2017

O mesmo amor semelhante e indiviso


“Ama a Deus com todo o coração” não significa: ama só a Deus, reservando todo o coração para Ele, mas ama-o sem meias medidas. E verás que te soba coração, ou antes, que te cresce o coração, para amares o marido, a mulher, o filho, o familiar, o amigo, a ti próprio. Deus não é ciumento, não rouba o coração: multiplica-o.
“Amarás com toda a tua mente”: o amor torna-te inteligente, faz-te entender melhor, chegar mais fundo, chegar primeiro. “Amarás com todas as tuas forças”: o amor torna-te forte, capaz de enfrentar qualquer obstáculo, qualquer fadiga e dificuldade.
Jesus acrescenta: "O segundo é semelhante ao primeiro". "Amarás o homem"  é semelhante a "amarás a Deus". O próximo é semelhante a Deus. Esta é a grande novidade trazida por Jesus: o próximo tem rosto, voz e coração semelhante a Deus. 
O próximo deve ser escutado como uma palavra santa, o rosto do outro deve ser lido como um livro sagrado, e o seu grito deve ser feito teu como se fosse Palavra de Deus. 

Ermes Ronchi e Marina Marcolini, in “A Esperança que nasce da Palavra”  




«Os discípulos de Jesus nunca poderão separar estes dois amores. Tal como, numa árvore, não se podem separar as raízes da sua copa: quanto mais amarem a Deus, mais intensificam o amor aos irmãos e às irmãs; quanto mais amarem os irmãos e as irmãs, mais aprofundam o amor a Deus». 
C. Lubich

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